"Bendito o que semeia livros à mão cheia e manda o povo pensar!" (Castro Alves)

Frentistas/consumidores

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Coliseu das Letras, XV Feira Pan-Amazônica do Livro


João Bosco Maia e Nilson
Oliveira falam de
literatura e internet
As origens da escrita, o processo de criação e a relação do escritor com a internet foram alguns dos assuntos levantados durante a conversa entre o público e os escritores paraenses João Bosco Maia e Nilson Oliveira, na XV Feira Pan-Amazônica do Livro. O bate-papo, mediado pela jornalista Linda Ribeiro, ocorreu nesta terça-feira, 6, no Coliseu das Letras, ponto de encontro entre o público do evento e os artistas das letras, que têm um espaço para falar de literatura.
João Bosco Maia e Nilson Oliveira labutam há algum tempo no ofício da escrita. Ambos premiados com editais de incentivo do governo do Estado, eles reconhecem a importância de eventos como a feira do livro para aproximar escritores e leitores, embora uma semana por ano seja muito pouco, conforme observam. “A internet gerou um boom. Produz-se muito. O problema é que ainda falta as pessoas absorverem mais essa produção”, analisou Bosco, referindo-se à abrangência proporcionada pela rede de computadores.
Para Nilson Oliveira, bem menos simpático à ideia de ter a internet lado a lado com a literatura, a profusão de informações espalhada pela web é, mais do que uma coisa boa, algo nocivo. “Não acredito em uma estética que vem das chamadas novas mídias. Elas deram acessibilidade, mas ao mesmo tempo afastaram os leitores. É um paradoxo, mas é verdade”, sentenciou. “Quando há excesso, a coisa não flui. O livro ainda é soberano”, completou.
Após a conversa, os escritores foram para o Ponto do Autor, estande montado ao lado do Coliseu das Letras, para autografar suas obras. Nesta quarta-feira, 7, a Pan-Amazônica promove um encontro entre o público e o escritor Antônio Juraci Siqueira, que terá ao seu lado a Malta de Poetas Folhas e Ervas. A XV Feira Pan-Amazônica do Livro prossegue até domingo, 11 de setembro, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A entrada é franca.
Luiz Carlos Santos – Secom